domingo, 9 de setembro de 2007

CASA ECOLÓGICA

09/09/2007 - 08:37 Casa ecologicamente correta está para sair do papel
No início de 2007, após visitas à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ingrid Irane Batista da Silva e outros dez alunos da Escola Estadual Dom Nivaldo Monte fizeram a planta baixa de uma casa especial. Em apenas cinco cômodos (sala, copa/cozinha, dois quartos e um banheiro) eles encontraram uma forma de proteger o meio ambiente. ‘‘Ela vai ser construída de isopor, gesso e cimento’’, disse Ingrid, referindo-se ao material utilizado para a criação dos tijolos, ou blocos, como são preferencialmente chamados. Testes foram realizados e comprovaram a segurança do experimento, chegando, inclusive, a construir um cômodo para comprovar a eficácia do material. Assim, foi detectada a resistência e o conforto térmico-acústico proporcionado. Entre as estruturas que vão compor a casa, está um biodigestor, mecanismo que transforma compostos orgânicos em decomposição em gás metano. O objetivo é implantar uma tubulação específica que leve o gás produzido diretamente para a cozinha, onde será utilizado no fogão. A casa terá também um coletor solar para esquentar e armazenar a água utilizada no banho e uma fotocélula, que será implantada no telhado, excitada pelo calor do sol e vai armazenar energia para utilização em equipamentos eletroeletrônicos. Mesmo com toda essa tecnologia ecologicamente correta, a residência terá a energia elétrica convencional, uma precaução caso o morador enfrente dias nublado.Uma boa notícia é que, em breve, a casa ecologicamente correta vai deixar de ser apenas uma maquete para se tornar realidade. Após uma concorrência pública com trabalhos de todo o país, o projeto conseguiu ser aprovado pela Financiadora de Estudos e Pojetos (Finep). Em um prazo de dois anos, a escola deve receber uma verba de R$ 30 mil para viabilizar a construção da casa. A idéia inicial é fazer o laboratório sede do Projeto de Iniciação Científica (PIC) e testar a estrutura idealizada. Um terreno localizado na Escola Estadual Dom Nivaldo Monte vai receber a estrutura. ‘‘A idéia é transformar e ampliar esse projeto’’, disse Ingrid Irane.Mas a meta principal é tornar esse projeto viável e acessível a todos. Os estudantes pretendem realizar um trabalho diferenciado, selecionando famílias de alunos e, em regime de mutirão, construir suas próprias casas. Mais uma prova de que é possível inserir conhecimentos acadêmicos no dia-a-dia das pessoas.

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